ALFABETO OGHAM / Wikipédia

Livro de Ballymote, manuscrito em Ogham
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Ogham

Ogham (irlandês antigo Ogam) foi um alfabeto usado principalmente nas línguas gaélicas. O Ogham é por vezes denominado "alfabeto celta das árvores". A palavra pronuncia-se [ˈoɣam] (ógam) em irlandês antigo e [oːm] (óm) em irlandês moderno.

Origem

O Ogham é aparentemente um fenómeno das ilhas Britânicas, visto que a esmagadora maioria das inscrições são originárias da Irlanda e Grã-Bretanha. A evidência arqueológica aponta para os povos indo-europeus a norte dos mares Negro e Cáspio, na Europa Oriental. No entanto, a evidência botânica, que estuda a distribuição das árvores do alfabeto Ogham, aponta para o vale do Reno e para região da cultura de La Tène, considerada o berço da cultura Celta.

Características

O Ogham era escrito da esquerda para a direita em manuscritos, e de baixo para cima em pedras. A linha central representa um tronco de árvore, e os traços representam os ramos[2]. Encontra-se agrupado em séries de cinco letras cada, e continha originalmente as quatro primeiras séries. A quinta série, forfeda, continha primeiro cinco, e depois seis letras para sons importados de outras línguas e que não existiam originalmente no irlandês.

Era chamado beth-luis-nion, o nome das primeira, segunda e quinta letras[3], de alguma forma semelhante à palavra “alfabeto”.

O Ogham encontra-se actualmente incluído na norma Unicode desde a versão 3.0[4], tendo-lhe sido atribuída a gama U+1680 – U+169F. Está também normalizado na Irlanda, sob o Irish Standard 434:1999.

Letras

Apresentam-se aqui as formas manuscritas, isto é, que ocorrem da esquerda para a direita.

Série Letras