Sexta-feira 13


Estamos diante de uma sexta feira 13 de agosto!

Muito se fala sobre os efeitos maléficos desse dia. Mas, o que há de verdadeiro nisso?

O mito da sexta feira 13 vem acompanhando o homem desde a antiguidade, sendo tratado como um momento mágico, utilizados pelos magos para realização de rituais e práticas de poder, tanto ligados à trevas como a Luz.

Podemos acrescentar várias informações, com base nas linhas de pensamento, ligadas a história do homem especificamente sobre esse dia:

  • O número 13, por representar a morte segundo o Tarot, é bastante temido e de uma forma geral é encarado de mau presságio. No entanto, é importante encará-lo como agente de transformação e mudança radical;
  • Associado a degeneração e a destruição física, inconscientemente as pessoas têm uma reação negativa em relação ao número 13, esquecendo o lado elevado desse número e a ideia de transformação ser sempre para realização e crescimento;
  • Em função da força emanada do número 13 podemos lembrar eventos ligados ao mesmo, de extrema importância: - O número 13 é preservado nas medidas da grande pirâmide do Egito; Os apóstolos foram 12 e o cristo, representa o número 13, a iluminação; Segundo a civilização maia, os 13 tons galácticos do seu calendário, representam as 13 articulações principais do corpo humano.

O número 13, ligado a uma sexta feira e ao mês de agosto, segundo as cresças populares, está associado à força dos bruxos e bruxas os quais desde o passado até a era moderna, muitos temem.

Falar sobre bruxaria é retornar aos primórdios da humanidade, quando o ser humano começou a despertar para a natureza os mistérios da vida e da natureza.

Naquela época, atribuiu-se a criação do universo a Grande Mãe.

Entre os povos, surgiu o culto ao Deus dos Animais e da Fertilidade também conhecido como Deus de Chifres ou Cornífero. Os chifres sempre representando a energia masculina e a ligação com o cosmos. Hoje a figura do Deus Cornífero é atribuída ao Diabo, tendo sido iniciada essa concepção com o advento do Cristianismo, com a intenção de juntar a idéia do Diabo (entidade criada pelas religiões judaico-cristãs) aos cultos pagãos naturais, não sendo essa a idéia básica desses cultos à natureza.

Por que tanto medo da sexta-feira 13?

Embora para alguns seja sinônimo de diversão, curtindo uma boa festa a fantasia, a sexta-feira 13 é para muitos um dia em que todo cuidado a ser tomado ainda é pouco. Mas por outro lado, em algumas civilizações, o número 13 e até mesmo a sexta-feira 13 é sinal de sorte e prosperidade. Mas de onde vem todo esse "mito" em torno do número 13 e da sexta-feira 13?

E o que dizer então de uma sexta-feira 13 no mês de agosto?

Bom, dizer que existe uma lenda ou um determinado fato que tenha originado esse mito é impossível, já que existem várias suposições e histórias que poderiam ter dado início a essa superstição. Aliás, um detalhe curioso é que no dicionário, superstição tem os seguintes significados: crendice; crença popular; fanatismo e preconceito. E de certa forma temos mesmo um preconceito com esse dia, pelo simples fato da maioria da população dizer que é um dia de má sorte. Mas será mesmo?

O número 13 já é considerado como sinônimo de desgraça desde a antiguidade. A justificativa (se é que podemos chamar assim) mais conhecida pela crença popular, veio da igreja católica (tinha que ser) que se apegou ao fato de que na última ceia de Cristo, eram 13 as pessoas presentes (os 12 apóstolos e o próprio J.C.). Para completar a crendice, alguém achou de fazer uma ligação entre esse número e o dia que Cristo teria sido morto, uma sexta-feira. Quer mais? Essa passagem da bíblia está escrita no capítulo XIII do Evangelho de São João (2). Então temos aí a sexta-feira 13 como vilã.

Mas na verdade, o número 13 já era temido muito antes disso. O antigo testamento judaico relata que Eva teria atiçado Adão em uma sexta-feira e que o dilúvio teria iniciado também numa sexta-feira.

Outro registro na antiguidade é encontrado no poema "Os trabalhos e os dias" do poeta grego, Hesíodo que viveu por volta do ano 800 A.C. e cultuava Zeus. Em seu poema ele recomenda que "não se deve plantar no décimo terceiro dia."

Já outra versão se baseia em uma lenda escandinava, onde Friga, deusa do amor e da beleza (pela mitologia nórdica), cujo nome teria dado origem a sexta-feira (friadagr em escandinavo. friday em inglês), teria se tornado uma bruxa depois que os povos nórdicos teriam se convertido ao cristianismo. Tendo então organizado reuniões e cultos onde, juntamente com o demônio e mais 11 (onze) bruxas, lançavam feitiços sobre os novos cristãos, todas as sextas-feiras, no alto de uma montanha.

Outra versão também da mitologia escandinava, diz que certa vez na morada dos deuses, foi dado um banquete para 12 divindades e que no meio da festa, alguém que não teria sido convidado apareceu criando confusão e desentendimentos entre os deuses. Era Loki, o espírito maléfico e brincalhão. Durante a confusão armada por ele, o deus Balder, favorito entre as divindades teria morrido.

Mas existem aqueles que veneram tanto o número 13 como o número da prosperidade e torcem por uma sexta-feira 13. Essas pessoas se apoiam na tese de que 13 resulta em 4 (13 = 1+3 = 4) que é o número da sorte. Especialmente no México, Índia e China as pessoas acreditam que o 13 só atrai coisas boas para a vida.

Na Cabala, o 13 corresponde à letra Mem, que tem ligação com o princípio feminino e com o elemento água, que tem o poder de unir e fecundar. Já as runas dizem que o número 13 corresponde a Othala, o reino da mãe, onde sempre encontraremo abrigo. No tarot, o 13 é a tão temida carta da morte (temida pelos leigos), que na verdade não representa a morte em sí (corpo físico) e sim a transformação, ou o fim de um ciclo para início de outro, ou ainda uma grande mudança em sua vida. Na astrologia o 13 é regido pelo signo de escorpião que governa os órgãos de reprodução, o nascimento, a morte e a transformação.

E o gato preto? O coitado do bichano ganhou a fama de mal agouro durante a idade média, quando as pessoas achavam que por ter hábitos noturno, o felino era um enviado do demo.

No período Neolítico, quando os povos Celtas chegaram a Europa, quase 1000 anos antes de Cristo, trouxeram suas próprias crenças misturando-as às crenças dos povos locais, originando o nascimento da Wicca.

É importante lembrar que a Wicca se firmou entre os celtas, mas a bruxaria é anterior a esse período.

(obs: a palavra Bruxa vem do latim pluscios – plus= mais; cios= saber. “pessoa que sabe muito”.)


Todas as formas de bruxaria, inclusive a Wicca, são derivadas do Xamanismo Primitivo (força da magia natural).
Para a Wicca, existe um grande princípio criador, de onde surgiram duas grandes polaridades, dando origem ao Universo.


O Princípio Feminino ou Grande Mãe: representando a Energia Universal Geradora, o Útero da Criação. É associada a Lua, a Noite, a Intuição e a Regeneração. A Deusa tem três faces: A Virgem, a Mãe e a Sábia, sendo a última ligada à imaginação geral popular.

O Princípio Masculino ou Deus Cornífero: este é o símbolo da energia masculina e é associado ao Sol, a Coragem, a Saúde, a Alegria. Como o Sol que nasce, segue um caminho no céu e se esconde, todos os dias,  o Deus nos mostra os mistérios da Morte e do Renascimento.


Na Wicca, o Deus nasce da Grande Mãe, cresce, torna-se adulto, apaixona-se pela Deusa, fazem amor, ela fica grávida. O Deus morre no inverno e renasce novamente, fechando os ciclos da natureza.
Parece estranho na concepção de muitos, que o Deus seja filho e amante da Deusa, mas o belo simbolismo do mito representa que tudo vem do útero da Deusa e para lá tudo retorna.

Que a energia do Deus e da Deusa, derrame-se sobre todos elevando o padrão de fraternidade humana, consolidando uma Paz que possa durar para sempre!

(Compilação de textos de: Socorro Viana, Guardião e Bruxa Mor)

Campanha Wicca não é seita, é Religião!